Key Biodiversity Areas

Matas de Conde e Baixios (20110)
Brazil, South America

Site overview


KBA status: confirmed
Year of last assessment: 2006
National site name: Matas de Conde e Baixios
Central coordinates: Latitude: -11.6833, Longitude: -37.5833
System: terrestrial
Elevation (m): 0 to 120
Area of KBA (km2): 48.43942
Protected area coverage (%): 22.04
KBA classification: Global/Regional TBD
Legacy site: Yes

Site details


Site description: Situada sobre os tabuleiros costeiros do extremo norte do litoral baiano, essa área compreende um conjunto de remanescentes de mata semidecidual e ombrófila, cuja configuração atual resulta das atividades de monocultura (coco e laranja), silvicultura (pínus e eucalipto), pecuária e, em menor grau, agricultura de subsistência na região. Entre os remanescentes, destacam-se por seu tamanho a Reserva do Bú e a Mata do Bonito, que juntas somam cerca de 1.200 ha. A primeira foi apontada na década de 1990 como o mais importante remanescente florestal do litoral norte da Bahia, segundo critérios botânicos. Há outros fragmentos florestais importantes a oeste e ao norte dessas áreas, mais distantes da costa, a maioria de matas semideciduais. O clima da região é úmido a sub-úmido, com médias anuais de temperatura e pluviosidade em torno de 25°C e 1.400mm, respectivamente.
Rationale for qualifying as KBA: This site qualifies as a Key Biodiversity Area of international significance because it meets one or more previously established criteria and thresholds for identifying sites of biodiversity importance (including Important Bird and Biodiversity Areas, Alliance for Zero Extinction sites, and Key Biodiversity Areas)
Additional biodiversity: Apesar do estado de fragmentação das florestas, a região ainda abriga populações importantes de Pyriglena atra (papataoca- da-bahia), pássaro ameaçado restrito à faixa costeira entre o rio Paraguaçu, no Recôncavo baiano, e Areia Branca, em Sergipe. Essa espécie, o cotingídeo Xipholena atropurpurea (anambé-deasa- branca) e o periquito Touit surdus (apuim-de-cauda-amarela) estão entre as 79 espécies registradas na Reserva do Bú em um recente levantamento. Não há outras informações divulgadas sobre as aves da região, mas visitas sistemáticas realizadas por pesquisadores da Associação Baiana para Conservação dos Recursos Naturais (ABCRN) a partir de junho de 2004 resultaram no mapeamento de cerca de oito novos pontos de ocorrência de P. atra, distribuídos a oeste de Conde, na região de Altamira e a oeste e norte de Jandaíra, próximo ao rio Real, representando os registros mais setentrionais da espécie em território baiano.

Habitats


IUCN HabitatCoverage %Habitat detail
Forest100

Threats


Summary of threats to biodiversity at KBA: A supressão ou exploração seletiva das matas remanescentes, para implantação de atividades agropecuárias e venda ilegal de madeira, aumentam o grau de fragmentação florestal na região. A Reserva do Bú, em particular, vem sendo explorada ilegalmente nos últimos anos para retirada de madeira, a despeito da fiscalização por parte dos proprietários. A caça ainda é uma atividade ilegal freqüente e em algumas áreas ocorre a captura de aves (como Aratinga auricapillus) para o comércio de fauna silvestre. O fogo utilizado no manejo e corte das plantações de pínus às vezes invade os fragmentos florestais. Por fim, a construção da Linha Verde (rodovia BA-99), que interliga os estados da Bahia e Sergipe, vem sendo o vetor de um novo ciclo de ocupação e exploração em todo o litoral norte baiano.

Additional information


References: Pedro Lima (in litt.); Sidnei S. dos Santos (in litt). Lima (2002); Marcelo C. de Sousa (Base de dados do workshop Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação dos Biomas Floresta Atlântica e Campos Sulinos).