Key Biodiversity Areas

Serra Negra (Floresta) (20204)
Brazil, South America

Site overview


KBA status: confirmed
Global KBA criteria: A1d
Year of last assessment: 2006
National site name: Serra Negra (Floresta)
Central coordinates: Latitude: -8.6333, Longitude: -38.0333
System: terrestrial
Elevation (m): 0 to 1050
Area of KBA (km2): 54.4759
Protected area coverage (%): 11.47
KBA classification: Global
Legacy site: Yes

Site details


Site description: A Serra Negra é um pequeno platô ou tabuleiro isolado (“inselberg”) que se eleva na divisa dos municípios de Inajá e Floresta, no Sertão pernambucano. Seu topo mede cerca de 800 m de largura por 3.000 m de comprimento. A área é um brejo de altitude, ao redor do qual predomina a vegetação de caatinga. A floresta existente no topo da serra é densa e úmida devido à precipitação orográfica, com árvores que atingem até 35 m de altura; florestas de transição, de dossel mais baixo e relativamente aberto, recobrem as encostas adjacentes (especialmente a escarpa meridional da serra), onde a umidade é menor. A R. B. de Serra Negra é a mais antiga unidade de conservação de sua categoria no Brasil, tendo sido criada em 1950.
Rationale for qualifying as KBA: This site qualifies as a Key Biodiversity Area of international significance that meets the thresholds for at least one criterion described in the Global Standard for the Identification of KBAs.
Additional biodiversity: Talvez devido ao seu isolamento em relação a outros brejos de altitude, a Serra Negra abriga poucos endemismos da Mata Atlântica nordestina, destacando-se, porém, a ocorrência de Pyrrhura griseipectus (tiriba-de-peito-cinza), psitacídeo extremamente ameaçado presentemente conhecido com segurança de apenas uma localidade adicional no Ceará. Por outro lado, a área é rica em espécies endêmicas do bioma Caatinga, que localmente restringem-se às partes mais baixas da serra.

Threats


Summary of threats to biodiversity at KBA: Apesar de ser uma unidade de conservação pública, a reserva encontra-se entregue à ação de caçadores e à depredação ambiental por falta de infra-estrutura e fiscalização ineficiente. As ameaças mais comuns são a caça, desmatamento para plantio de frutíferas, corte de árvores, deposição de lixo, saque de plantas ornamentais e entrada de gado doméstico. A área também sofreu invasão por grupos indígenas.

Additional information


References: Rodal & Nascimento (2002); www.ibama.gov.br; Jornal do Commercio (Recife, 22 novembro 1998); Sônia A. Roda (in litt.); Base de dados do workshop Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação dos Biomas Floresta Atlântica e Campos Sulinos; S. A. Roda (verb.); Sick (1979); Coelho (1987b); Teixeira et al. (1988); Teixeira (1992); Whitney & Pacheco (1994); Wege & Long (1995); Whitney et al. (1995b); BirdLife International (2000); Farias et al. (2002); Roda (2002); Roda & Carlos (2004).