Key Biodiversity Areas

Terra Ronca (22222)
Brazil, South America

Site overview


KBA status: confirmed
Year of last assessment: 2009
National site name: Terra Ronca
Central coordinates: Latitude: -13.6667, Longitude: -46.5500
System: terrestrial
Elevation (m): 370 to 1000
Area of KBA (km2): 6761.84911
Protected area coverage (%): 15.26
KBA classification: Global/Regional TBD
Legacy site: Yes

Site details


Site description: A área abrange os remanescentes de matas semidecíduas e os afloramentos calcários existentes na porção nordeste do Estado de Goiás, entre a divisa com a Bahia e o planalto da Chapada dos Veadeiros. Ao norte, o limite é definido pelas rodovias GO447 e GO118, e, ao sul, pela rodovia GO44 A IBA inclui a Serra do Prata, situada no setor noroeste da área, que possui bons trechos de floresta estacional semidecidual em sua porção leste e cerrados em sua vertente oeste As florestas que crescem sobre os férteis solos calcários da região apresentam dossel com 15 a 20 m de altura (composto, por exemplo, por Tabebuia impetiginosa e Astronium urundeuva), onde se destacam algumas poucas emergentes com até 25 m de altura, como Cavallinesia arborea. A paisagem regional, porém, já está bastante alterada, especialmente na parte central da área, ao longo do curso do rio Paranã. O clima é marcado por uma estação seca entre maio e setembro, ocorrendo uma precipitação anual em torno de 1.300 mm.
Rationale for qualifying as KBA: This site qualifies as a Key Biodiversity Area of international significance because it meets one or more previously established criteria and thresholds for identifying sites of biodiversity importance (including Important Bird and Biodiversity Areas, Alliance for Zero Extinction sites, and Key Biodiversity Areas)
Additional biodiversity: De acordo com pesquisas realizadas nos últimos 10–15 anos, os melhores trechos remanescentes do hábitat de Pyrrhura pfrimeri (tiriba-de-pfrimer) estariam em Goiás. Esse psitacídeo distribuise nas matas decíduas e semidecíduas que crescem sobre solos ou afloramentos calcários existentes desde o sul de Taguatinga (Tocantins) até Iaciara, em Goiás A espécie se desloca entre as áreas florestadas, atravessando trechos degradados ou tomados por pastagens e plantações, bem como utiliza os remanescentes florestais existentes ao longo do rio Paranã para alimentação e repouso Flores de Tabebuia impetiginosa e sementes novas de Hyptis sp. representam a maior parte da dieta de P. pfrimeri. Na região também existe uma população significativa de Knipolegus franciscanus (maria-preta-do-nordeste), pássaro quase ameaçado e representativo da EBA074 (Florestas Decíduas de Minas Gerais e Goiás). É observado com mais freqüência ao longo da estrada que liga Nova Roma a São Domingos e entre Nova Roma e Monte Alegre de Goiás. A existência de ambientes de Caatinga faz com que estejam presentes alguns elementos da avifauna característica desse bioma, como Megaxenops parnaguae (bico-virado-da-caatinga).

Habitats


IUCN HabitatCoverage %Habitat detail
Forest33
Shrubland33
Savanna33

Threats


Summary of threats to biodiversity at KBA: O desmatamento permanece como a maior ameaça a P. pfrimeri, ainda que a espécie seja capturada – em pequena escala – para o comércio ilegal de animais de estimação Restam apenas 40% das florestas originais da região e o que restou continua sendo destruído ou explorado para permitir a expansão agropecuária e, especialmente, para a extração de Tabebuia impetiginosa e Astronium urundeuva. As florestas em áreas planas e as matas de galeria são as mais impactadas, com as melhores matas restando nas áreas escarpadas e rochosas. Pyrrhura pfrimeri e outras espécies de psitacídeos costumam se alimentar em plantações e acabam sendo perseguidas como pragas na região. O fogo criminoso é outra ameaça identificada no local. O Parque Estadual de Terra Ronca conta apenas com cerca de 20% de sua área regularizada e há presença de gado dentro de seus limites, nas áreas ainda não indenizadas. A exploração de soja incentiva o desmatamento e os agrotóxicos oriundos das lavouras do topo da serra contaminam cursos d’água, escarpas e porções mais abaixo.

Additional information


References: Carlos A. Bianchi (verb.); Olmos et al. (1997); RADAMBRASIL (1989); Fábio Olmos (verb.); Leonardo Esteves Lopes (dados inéditos); Édson Endrigo (verb.); J. M. C. da Silva in Wege & Long (1995); Marcelo A. Bagno per Fábio Olmos.